terça-feira, 13 de março de 2012

TEORIA DO DESDOBRAMENTO




A fada madrinha que acarinha e protege não é apanágio da imaginação das crianças; muitos adultos também acreditam num anjo guardião exclusivo. A crença dos mais pequeninos é entendida por ingenuidade, e a dos mais grandes por fé, ou simplesmente credulidade.  
Mas não é que um cientista, (físico de formação) emite uma teoria, segundo a qual todos nós temos um duplo... invisível!                                                    
Em fisíca quântica, fala-se de "amaranhamento" quando duas partículas comportam-se como se fossem gémeas com capacidade telepática; o que acontece a uma sucede na outra em simultâneo independentemente da distancia entre elas, violando segundo se pensa, a premissa segundo a qual nada pode ultrapassar a velocidade da luz.                                            
A matéria é energia, desde logo também somos energia, afirma Jean Pierre Garnier Malet. Até aqui tudo bem, mas as coisas tornam-se curiosas quando ele nos afirma pares, teríamos um duplo invisível com o qual não sabemos comunicar conscientemente, embora o façamos durante o sonho paradoxal. Para viver melhor, vamos dormir! Mas a teoria não acaba aqui! 
De acordo com o seu autor, o nosso duplo é um ser feito de energia que viaja por aberturas temporais, e pode nos ajudar a tomar decisões, visto que ele visitou vários futuros prováveis e consequente nos pode aconselhar sobre as decisões a tomar agora, ou seja a escolher no presente qual o melhor futuro para nós.                                                                        
Outra particularidade da teoria prende-se como os nossos pensamentos; cada pensamento nosso abre um portal de futuro possível. Entre outros, dá este exemplo: imagine que está esperando para atravessar a rua, mas alguém de má fé o empurra e você fica com vontade de o matar. De forma instantânea constrói-se um futuro assassino na vossa abertura temporal. Pode modificar isso com uma sensata modificação de informação; com um pensamento apaziguador repõe a tranquilidade. Sem a necessária modificação do seu potencial pode ocorrer uma desgraça. Imagine que um individuo de má fé empurra mesmo uma pessoa para a estrada e dá-se um atropelamento. A história até bastante parecida com a sua. Mas frente á televisão onde ouve a descrição do assassinato, furioso contra o assassino, não se interroga se não é co-responsável, na medida em que deixou aquela possibilidade de futuro possível em aberto?
O Senhor Jean Pierre Garnier-Malet escreveu dois livros* para defender a sua teoria, nos quais também divulga haver um conjunto de regras para contactar com o nosso duplo. Para o efeito ele organiza sessões em diversos países.


* Double Coment ça Marche 
* Changez  Votre Futur par les Ouvertures Temporelles
Para saber mais sobre as particulas a que o autor refere: 
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=chip-atomico-gerador-pares-atomos-entrelacados&id=010110110505 

Site do Sr. Jean Pierre Garnier Mallet: www.garnier-malet.com
** Imagem: Kadinsky (sem título)



7 comentários:

  1. Philip Pullman no Livro "A Luneta Ambar" da série Fronteiras do Universo, fala sobre algo parecido. Aonde determinado grupo busca matar a personagem principal do livro ao fazerem uma espécie de bomba atômica que destruiria os fios de cabelo da moça e consequentemente os demais átomos que constituiam o seu corpo se destruiriam aonde quer que ela estivesse. Esta possibilidade é atribuída a teoria de mundos paralelos de David Deutsch. Existe alguma similaridade entre as duas teorias (a que você descreveu e esta? Entre os dois cientistas? Elas se complementam? O que você acha? Abraços

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  2. Obrigado pela gentileza e pela riqueza das questões que coloca. Creio que todas as consequências do "amaranhamento quântico" não se encontram todavia devidamente equacionadas. Nesta perspectiva os trabalhos de Deutsch e Garnier-Malet seguiram, de inicio, caminhos paralelos visto que ambos começaram por se debruçar sobre a questão da "troca de informação" entre as "partículas amaranhadas". Em que medida o observador não integra ou desequilibra o sistema? Eis um campo de investigação que apesar da sua antiguidade demanda uma urgente resolução pelas aplicações praticas que daí derivam; são imensas e algumas das quais mal ousaremos formular: teleportação, computação quântica...
    O David Pullman, com toda a energia narrativa que se lhe conhece e admira, terá tomado por aceite a noção linear da informação. Ora acontece que esta questão é central no debate. Correspondentemente resta a questão que ainda não abordamos, e a que Garnier Malet refere com insistência: o tempo. Receio portanto vir a ter necessidade de complementar este post com outro para abordar uma "breve história do tempo", onde ficarei aguardando uma vez mais as suas questões e observações.
    um abraço

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  3. Agradeço por ter se importado em explanar mais sobre o assunto. Continuarei a acompanhar seus posts aqui no blog. Grande abraço!

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  4. bom dia,
    gostaria de adquirir os livros em portugues, nao consigo encontrar online, voces poderiam me informar sobre a disponibilidade e onde posso comprar ?

    obrigada


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  5. Bem pelo que entendi, o Duplo Quântico , existe nos livros dos espíritos chamado de Perispírito - que é a matriz fiel do corpo fisíco, porém astral - que está inconsciente e que através de exercícios práticos, meditações, podemos descrever as informações dos vários níveis de energia que adentramos nos momentos de desdobramentos do corpo físico. acho que essa correlação é válida, ou não? Alguém pode me esclarecer. camachyang@yahoo.com.br

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    1. Penso exatamente como você. Acredito que há apenas nomes diferentes para o mesmo assunto. Ou seja, o duplo quântico na ciência é o perispírito para Kardec. Aliás, a Doutrina Espírita não é exatamente uma religião. É uma filosofia com base na ciência e religiosidade Cristã.
      Analisando as Obras de Kardec observo que há muita similaridade entre o espiritismo e a física quântica, mas que por volta de 1850 não era conhecida pelos encarnados.

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