quarta-feira, 21 de março de 2012

Realidade da Telepatia

Alô, alô, quem telepata?
É que a próxima ligação na era da comunicação passa pela telepatia.

A Fundação Allen já recebeu mais de um bilião de dollars do seu fundador, com o objectivo de conceber um Atlas cerebral e mapear os neurónios do cérebro; foi criada por Paul Allen, co-fundador da Microsoft, conjuntamente com Bill Gates. Entretanto já ficou completado o Atlas genético, disponível na rede desde 2011. Mas o projecto do qual não se fala vai bem mais longe: mapear os neurónios e tornar a telepatia possível.

Nos princípios dos anos setenta a CIA  desenvolveu e financiou um programa ultra secreto de espionagem, usando mediums, com o intuito de procurar determinadas bases militares da União Soviética e localizar submarinos russos no oceano. Oficialmente o programa foi dado por encerrado em 1995. A própria CIA andou na caça às bruxas durante mais de vinte anos?...Ou talvez não!

Esta gente perdeu totalmente o juízo? Assistiram a demasiados espectáculos de magia nos circos? Qualquer criança sabe que a telepatia não passa de truques mais ou menos bem concebidos para enganar o publico. E no entanto...

Tudo começou em 1875 quando Richard Caton detectou minúsculos sinais eléctricos emitidos pelo cérebro, ao colocar eléctrodos na cabeça de animais. Desde então, um longo caminho foi percorrido na perseguição á emissão do pensamento. O electroencefalograma deriva directamente dessa descoberta.

Porém, os sinais eléctricos emitidos pelo cérebro, na ordem de um miliwatt, ficam abafados pelo "ruído" aleatório e são de difícil compreensão. Por outro lado, embora emissor, o cérebro não é receptor: falta-lhe uma antena. Ainda que conseguíssemos receber estes sinais, seriamos incapazes de os decifrar.

A nível tecnológico busca-se soluções na física quântica. Entre os procedimentos actualmente disponíveis, usa-se o chamado PET. : injecta-se açúcar radioactivo no sangue do paciente para executar tomografias por emissão de positrões. Como o processo de pensamento requer energia, o açúcar concentra-se nas zonas activadas, emite positrões, (anti electrões) detectados por certos instrumentos e observa-se o modelo criado pela antimatéria no cérebro vivo, correspondendo este aos padrões de pensamento, sempre que se isola as partes do cérebro que são mobilizadas para cada actividade.

Outra das tecnologias desenvolvidas é o MRI, ou imagens por ressognancia magnética; o processo depende de um campo magnético que alinha os núcleos dos átomos do cérebro paralelamente às linhas de campo. Ao enviar uma radiofrequência ao cérebro do paciente os núcleos oscilam. Quando os núcleos mudam de direcção emitem um pequeno eco de rádio detectável, assinalando a presença de determinada substancia. Por exemplo, identificando a presença de oxigénio, visto que a actividade cerebral requer esta substancia; pode-se assim isolar o processo de pensamento. Como hoje em dia se conseguem analisar porções de cérebro na ordem de meio milímetro em fracções de segundo, podem-se identificar e traçar padrões de pensamento cada vez mais precisos.

Outro ramo de investigação tenta criar um dicionário do pensamento através da actividade cerebral produzida por cada palavra. E naturalmente a criação de um interface cérebro-computador.

As diversas fases do "projecto telepatia" dependem do desenvolvimento das seguintes tecnologias:
- Mapeamento preciso de cada neurónio no cérebro. Trata-se de um trabalho titanesco, tendo em conta
  a nossa arquitetura cerebral, e o número astronómico de neurónios em causa.
- Recepção e interpretação das emissões cerebrais. Refiro a pequenas máquinas, leves e portáteis
  baseadas em magnometros atómicos supersensíveis a minúsculos campos magnéticos, munidas de
  um chip para interpretação.
- Criação de novos interfaces cérebro-computador. Os interfaces existentes têm uma reduzida
  capacidade e continuam dependentes do mapeamento actualmente em curso. Terão ainda que sofrer
  uma miniaturização extrema para poderem integrar o tradutor emissor-receptor.

Outra boa notícia é que desde logo não necessitará mais de aprender línguas, pois poderá comunicar mentalmente com quem quiser. Imensas outras possibilidades se abrirão ao ser humano, e desde já se está pensando no passo a seguir á telepatia; estudar diretamente os neurónios para libertar um poder ainda mais importante: a psicocinese. (O poder da mente sobre a matéria).

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